Pesquisa é da Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games.
Em Campinas, jovem fã de simuladores de guerra ganha fama na internet.
Passar horas em frente a um videogame comandando uma legião de guerreiros, participar de uma guerra sangrenta online e distribuir socos e pontapés em jogos de luta. Coisa de menina? Sim. E a participação delas já é significativa no estado de São Paulo.
Apesar de ainda não existirem números consolidados no Brasil sobre a quantidade de meninas que jogam videogame, o G1 Campinas teve acesso a um resultado preliminar de uma pesquisa em andamento que está sendo feita pela Associação Comercial , Industrial e Cultural de Games (Acigames). O levantamento, que tem por objetivo traçar um perfil detalhado dos usuários de videogame, aponta que apesar de ainda ser bem menor do que a masculina, a participação feminina até o momento representa 3% das 18.500 pessoas que já responderam à pesquisa.
Mas os números preliminares em São Paulo são outros e mostram que a participação das meninas já chega a 37%. É o estado com o resultado mais expressivo a favor das mulheres, seguido do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em relação a faixa etária, os dados apontam que as meninas de 19 a 25 anos representam quase 45% do universo das jogadoras em Sâo Paulo.
“O número de jogadoras no Brasil, como um todo, ainda é baixo comparado com Estados Unidos e Canadá. Nesses países, por exemplo, elas representam 45% do total de jogadores. É quase a mesma faixa dos jogadores homens” explica o coordenador da pesquisa, Luiz Ferrarezi. Segundo ele, o mercado de games ainda está se consolidando no país e nos próximos anos a tendência é que o número se equipare a esses países.
Na região de Campinas não faltam exemplos de meninas que passam horas em frente aos videogames e gostam muito disso. A analista de testes Nádia Maria Fornaro começou no mundo dos games aos 5 anos, com um Atari, símbolo de toda uma geração. “Passava tarde jogando Enduro e Pac Man”, relembra Nádia. Hoje com 24 anos, o gosto pelo jogos jogos eletrônicos acabou virando uma segunda profissão.
Hoje, Nádia concilia o trabalho em uma multinacional com horas a frente dos computadores e dos consoles. Além de jogar, ela mantém uma página em uma rede social de compartilhamento de vídeos, onde é seguida por pelo menos nove mil pessoas, a maioria homens. Na Internet, ela se especializou em jogar e fazer análises de jogos dos mais variados gêneros e graus de dificuldade. “Atualmente meus jogos preferidos são os FPS (First-person shooter), que são aqueles de tiro, onde o jogador tem a sensação de estar dentro de uma guerra”, comenta.
Sobre preconceitos, as meninas explicam que ele ainda existe, principalmente quando elas vencem os meninos. Elas contam que já foram xingadas e que sempre que vencem os meninos dão uma desculpa para a derrota. “Falam que o controle está ruim, ou que a conexão está lenta. Já chegaram inclusve a duvidar que eu era realmente uma menina por jogar tão bem”, explica Nádia.
A estudante de Paulínia Ana Carolina Albino, de 16 anos, confessa que é difícil passar um dia sem jogar. “Videogame é uma paixão, uma diversão mesmo”. A estudante prefere os jogar no computador aos invés dos consoles. Ela conta que desde criança já jogava com os primos e há dois anos passou a se interessar mais, a pesquisar sobre jogos e conhecer outras pessoas através de partidas online.
Para as meninas que estão começando, as jogadoras deixam um recado. “Não tenha vergonha de assumir o que você gosta. Seja você sempre, acima de tudo, e mostre para todos que você também pode ser tão boa jogadora quanto eles”, diz Nádia. “Jogar videogame não é sinal de deixar a vaidade de lado. Se você gosta de jogar, vá em frente”, finaliza Ana Carolina
A pesquisa completa da Acigames deve terminar em maio. Quem quiser participar pode acessar o site da pesquisa: www.censogamerbr.com.br
Eu sou uma gamer,...curto os jogos hardcore,...normal!!
ResponderExcluir